História da PJMP
A PJMP “é a experiência da Igreja de rosto popular e jovem. É a reconstrução do rosto de Cristo entre os jovens mais sofridos... A PJMP é solidária na dor, firme na esperança, alegre em suas pequenas mas progressivas conquistas.” Dom Sinésio Bohn (in: PJMP: Semente do Novo na Luta do Povo)
A PJMP nasceu em 1978 no Recife (PE), carregando na história do seu surgimento as sementes jogadas pela Juventude Operária Católica destruída pela ditadura com o golpe militar de 1964. Um acontecimento marcante do seu nascimento foi o encontro realizado em 09 de julho de 1978, reunindo animadores dos grupos de jovens do meio popular do Recife, remanescentes da JOC, no qual decidiram criar um movimento de jovens do meio popular.
Vale lembrar que os desejos, sonhos e formas de atuação na realidade vivida dos jovens reunidos neste encontro não é algo isolado. O final dos anos 70 e os anos 80 no Brasil foi um período marcado por grandes movimentos de massa e pelo ressurgimento da sociedade civil, sobretudo das camadas populares, no cenário político nacional.
Em nível eclesial, este é também o período em que a Igreja Católica assumiu a defesa dos direitos humanos e tornou-se uma voz profética contra a ditadura e o sistema capitalista. Um acontecimento marcante em torno disso foi a realização da Conferência do Episcopado Latino Americano em Puebla, em janeiro de 1979, da qual resulta um documento orientador desse posicionamento da Igreja Católica latino-americana. E, no que diz respeito à juventude, não podemos esquecer que foi em Puebla que Dom Hélder Câmara apresentou a proposição, aprovada nesta conferência, de uma pastoral de juventude por meio social. Além dessa proposição de Dom Hélder, Puebla recomenda ainda que a Pastoral da Juventude atenda o aprofundamento e crescimento dos jovens na fé; possua uma metodologia transformadora e oriente a opção vocacional (Puebla 1187).
Assim, o contexto inspirador para o nascimento da PJMP foi, por um lado, a realidade concreta dos jovens e o ressurgimento das lutas sociais e políticas que acontecia no Brasil, e, por outro, o contexto eclesial da Igreja Latino-Americana e do Regional NE II, que sob a orientação e o pastoreio de Dom Hélder Câmara, construía um modelo de organização pastoral no qual o pobre era sujeito histórico de libertação. A PJMP nasceu bebendo no seio desta Igreja e assumiu a visão de que a transformação da realidade é obra dos oprimidos e de todas as pessoas de boa vontade que se comprometem com as lutas de libertação.
Ela compreendeu, desde o seu nascimento, que uma pastoral de jovens não pode tratá-lo genericamente. Neste sentido, nasceu e se consolidou sendo um espaço onde os jovens empobrecidos tomam consciência da sua realidade e nela atuam para transformá-la.
Estas idéias, que são o fundamento da proposta de pastoral da juventude da PJMP, têm sido ao longo da sua história uma ousadia e um atrevimento evangélico, à medida que traz para dentro da Igreja uma discussão que, se hoje já não assusta e até pode ser tratada sem tabu, na década de 70 era inconcebível: uma pastoral por classe social. Por isso, sua relação com alguns setores da comunidade eclesial, às vezes, foi marcada pelo conflito.
O objetivo dos que ousaram fazer nascer a PJMP, era, naquele momento, suscitar entre os jovens do meio popular, uma vivência da fé a partir da sua condição social e de classe. Que a juventude empobrecida se evangelize! que os jovens do meio popular se tornem sujeitos de sua própria libertação! É o grito da PJMP no seu nascimento e tem sido o seu maior desafio (Ver: PJMP. Do meio popular, um canto jovem. s/d, mimeog. p. 48). A semente lançada no Recife, logo se espalhou por todo o nordeste e para o país, em 1979 acontecia o primeiro encontro nacional.
Este objetivo vem sendo aprofundado, rediscutido ao longo da nossa caminhada, a fim de que nossa ação pastoral possa acompanhar a dinâmica da realidade em que vivemos e atuamos, em todas as suas dimensões. Em 1994, após ampla discussão, a PJMP definiu em assembléia nacional o seguinte objetivo: “vivenciar e testemunhar a proposta do Reino de Deus estando presente na vida, na luta e nos sonhos dos jovens empobrecidos, visando evangelizar, numa prática libertadora, contribuindo na transformação da pessoa humana e da sociedade”.
Íris Maria de Oliveira
Pe. Antônio Murilo de Paiva
A PJMP “é a experiência da Igreja de rosto popular e jovem. É a reconstrução do rosto de Cristo entre os jovens mais sofridos... A PJMP é solidária na dor, firme na esperança, alegre em suas pequenas mas progressivas conquistas.” Dom Sinésio Bohn (in: PJMP: Semente do Novo na Luta do Povo)
A PJMP nasceu em 1978 no Recife (PE), carregando na história do seu surgimento as sementes jogadas pela Juventude Operária Católica destruída pela ditadura com o golpe militar de 1964. Um acontecimento marcante do seu nascimento foi o encontro realizado em 09 de julho de 1978, reunindo animadores dos grupos de jovens do meio popular do Recife, remanescentes da JOC, no qual decidiram criar um movimento de jovens do meio popular.
Vale lembrar que os desejos, sonhos e formas de atuação na realidade vivida dos jovens reunidos neste encontro não é algo isolado. O final dos anos 70 e os anos 80 no Brasil foi um período marcado por grandes movimentos de massa e pelo ressurgimento da sociedade civil, sobretudo das camadas populares, no cenário político nacional.
Em nível eclesial, este é também o período em que a Igreja Católica assumiu a defesa dos direitos humanos e tornou-se uma voz profética contra a ditadura e o sistema capitalista. Um acontecimento marcante em torno disso foi a realização da Conferência do Episcopado Latino Americano em Puebla, em janeiro de 1979, da qual resulta um documento orientador desse posicionamento da Igreja Católica latino-americana. E, no que diz respeito à juventude, não podemos esquecer que foi em Puebla que Dom Hélder Câmara apresentou a proposição, aprovada nesta conferência, de uma pastoral de juventude por meio social. Além dessa proposição de Dom Hélder, Puebla recomenda ainda que a Pastoral da Juventude atenda o aprofundamento e crescimento dos jovens na fé; possua uma metodologia transformadora e oriente a opção vocacional (Puebla 1187).
Assim, o contexto inspirador para o nascimento da PJMP foi, por um lado, a realidade concreta dos jovens e o ressurgimento das lutas sociais e políticas que acontecia no Brasil, e, por outro, o contexto eclesial da Igreja Latino-Americana e do Regional NE II, que sob a orientação e o pastoreio de Dom Hélder Câmara, construía um modelo de organização pastoral no qual o pobre era sujeito histórico de libertação. A PJMP nasceu bebendo no seio desta Igreja e assumiu a visão de que a transformação da realidade é obra dos oprimidos e de todas as pessoas de boa vontade que se comprometem com as lutas de libertação.
Ela compreendeu, desde o seu nascimento, que uma pastoral de jovens não pode tratá-lo genericamente. Neste sentido, nasceu e se consolidou sendo um espaço onde os jovens empobrecidos tomam consciência da sua realidade e nela atuam para transformá-la.
Estas idéias, que são o fundamento da proposta de pastoral da juventude da PJMP, têm sido ao longo da sua história uma ousadia e um atrevimento evangélico, à medida que traz para dentro da Igreja uma discussão que, se hoje já não assusta e até pode ser tratada sem tabu, na década de 70 era inconcebível: uma pastoral por classe social. Por isso, sua relação com alguns setores da comunidade eclesial, às vezes, foi marcada pelo conflito.
O objetivo dos que ousaram fazer nascer a PJMP, era, naquele momento, suscitar entre os jovens do meio popular, uma vivência da fé a partir da sua condição social e de classe. Que a juventude empobrecida se evangelize! que os jovens do meio popular se tornem sujeitos de sua própria libertação! É o grito da PJMP no seu nascimento e tem sido o seu maior desafio (Ver: PJMP. Do meio popular, um canto jovem. s/d, mimeog. p. 48). A semente lançada no Recife, logo se espalhou por todo o nordeste e para o país, em 1979 acontecia o primeiro encontro nacional.
Este objetivo vem sendo aprofundado, rediscutido ao longo da nossa caminhada, a fim de que nossa ação pastoral possa acompanhar a dinâmica da realidade em que vivemos e atuamos, em todas as suas dimensões. Em 1994, após ampla discussão, a PJMP definiu em assembléia nacional o seguinte objetivo: “vivenciar e testemunhar a proposta do Reino de Deus estando presente na vida, na luta e nos sonhos dos jovens empobrecidos, visando evangelizar, numa prática libertadora, contribuindo na transformação da pessoa humana e da sociedade”.
Íris Maria de Oliveira
Pe. Antônio Murilo de Paiva
1 comentários:
Olá Galera
Gostaria de parabenizar o desempenho que a PJMP tem dedicado a missão evangelizadora, ao longo desses anos, no intuito de forticar a esperança nos povos, levando uma mensagem de amor, paz, justiça e liberdade.
Um forte abraço a todos!
Pax!
Amém, Axé, Yleaô...
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